quinta-feira, 30 de abril de 2020

Acompanhe diversas LIVEs

Preparamos algumas opções de agenda para hoje, dia 30 de abril.
Debates fundamentais para a luta coletiva dos movimentos e causas pelo acesso aos direitos, pela defesa da dignidade e pelo enfrentamento à Pandemia:
https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/edusex
1° Diálogo: "Impactos do isolamento na violência doméstica e familiar", com as palestrantes: Doutora Raíssa Jeanine Nothaft e a Doutoranda Valéria Mariano (PPGICH/UFSC); com coordenação da Professora Doutora Luciana Zucco (DSS/PPGSS; PPGICH/UFSC)
A assessora política do Inesc, Livi Gerbase, vai explicar passo a passo como encontrar e entender os gastos federais com o combate à Covid-19. https://www.instagram.com/inescoficial/
Os serviços de proteção social especial de alta complexidade do SUAS no contexto da pandemia https://conteudos.unis.edu.br/livesuas_30-04-2020
Debate sobre a política de trabalho durante a pandemia na página da Arca no Facebook!
Ariana Frances e José Celso Cardoso Jr. José Celso Cardoso Jr. é Doutor em Economia pela Unicamp e PHD em Governo e Políticas Públicas pela Universidade Autônoma de Barcelona. É também o Presidente da Afipea-Sindical e Ariana Frances é formada em Direito pela USP e Mestranda de Governança e Desenvolvimento na Enap, além de servidora, tendo passado pelo Ministério Público de SP,Cultura e Desenvolvimento Social.
https://www.facebook.com/arcadesenvolvimentosustentavel/
COVID 19: Desigualdade social, ideologia e os desafios atuais da luta da classe trabalhadora.
https://youtu.be/aKi1ETakWN8
https://www.facebook.com/abpn.org.br
Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as - ABPN

Orientações e manifestação da sociedade frente a Covid19

O FETSUAS SP divulga o material produzido e assina coletivamente essa orientação a Covid19

https://www.brcidades.org/materiais-diversos

Documento político unificado dos coletivos, movimentos sociais, redes e organizações nacionais


O combate a pandemia Covid19 nas periferias urbanas, favelas e juntos aos grupos sociais vulneráveis: propostas imediatas e estrategias de ação na perspectiva do direito a cidade e da justiça social.

Importante debate e contribuição para os trabalhadores/as



Quem cuida dos cuidadores? A assistência social em tempos de pandemia






Giordano Magri, mestre em administração pública e governo pela FGV e pesquisador do Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB) 
Fernanda Lima-Silva, pós doutoranda em administração pública e governo pela FGV e pesquisadora do Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB)
Gabriela Lotta, professora de administração pública e governo da FGV e coordenadora do Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB)
Ceninha Francisco, assistente social e trabalhadora da rede direta da cidade de São Paulo
Taciana Barcellos Rosa, mestra e doutoranda em Políticas Públicas pela UFRGS e pesquisadora do Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB)
Mariana Costa Silveira, doutoranda em administração pública e governo pela FGV e pesquisadora do Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB)
A pandemia da COVID-19 tem submetido o mundo a uma crise de saúde pública e econômica sem precedentes na história recente, e que produz efeitos graves sobre as pessoas mais pobres e já expostas à maior vulnerabilidade social. No Brasil, essa crise ganha contornos mais drásticos, não só pela postura do Governo Federal, mas também porque a quarentena atinge em cheio as famílias dos mais de 38 milhões de trabalhadores informais do país, ou seja, 40% da população ocupada. Do ponto de vista político, embora o foco do enfrentamento à COVID-19 esteja nas áreas de saúde e economia, a política de assistência social tem um papel estratégico para minimizar os danos da crise aos mais pobres e viabilizar medidas econômicas e sociais criadas para enfrentar a pandemia.
A política de assistência social no Brasil vem se fortalecendo a partir da Constituição de 1988, quando passou a compor o espectro da seguridade social, junto com saúde e previdência, reconhecidas como direitos de todo cidadão e deveres do Estado. Desde então, houve um processo gradual de estruturação da área socioassistencial no país, que inclui a criação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), consolidando uma institucionalidade com base nos princípios da coordenação federal e descentralização no território brasileiro. Esse processo está atrelado ao desenvolvimento de capacidade estatal municipal nessa área, que varia em função de cada contexto local e do nível dos recursos disponíveis. Mesmo em municípios com maiores capacidades institucionais, como São Paulo, os recursos existentes – em termos financeiros, de equipe, e também de articulação com outras políticas sociais – são escassos frente à elevada demanda pelos serviços e à complexidade requerida para sua efetividade.
Olhando para a implementação, os diversos e variados serviços tipificados pelo SUAS são geridos por uma rede composta por órgãos da administração direta municipal e Organizações da Sociedade Civil (OSC´s). Nas grandes cidades, como São Paulo, uma parte significativa desses serviços é executada de maneira indireta por OSCs e, portanto, por trabalhadoras – a maioria mulheres – com baixos salários, vínculos de emprego fragilizados e quase sempre em condições de trabalho também precárias. Enquanto o colapso estatal da rede de saúde e até do serviço funerário vem ocupando o noticiário em todo o país, pouco se fala das condições às quais estão submetidas as milhares de profissionais da assistência social que atuam na ponta, em contato direto com a parcela mais vulnerável da população.
Em primeiro lugar, essas trabalhadoras estão enfrentando um aumento da demanda de trabalho. Cidadãos mais vulneráveis à crise, como a população em situação de rua e as pessoas em condições mais precárias de habitação, trabalho e renda, requerem cuidados adicionais. Além disso, essas profissionais também precisam dar suporte ao cadastramento na renda básica emergencial, por meio do Cadastro Único, cujo grande desafio é alcançar um contingente de mais de 42 milhões de pessoas que não estão presentes em nenhum cadastro público e que, muitas vezes, sequer têm acesso à internet. Em segundo lugar, além do aumento da demanda, estas profissionais estão expostas, pela própria natureza do trabalho, a dificuldades na operacionalização de suas tarefas dado o contexto de isolamento social. Um exemplo é a dificuldade em garantir o funcionamento dos Núcleos de Convivência para Adultos em Situação de Rua, que são cada dia mais procurados. Por fim, por causa dos contatos cotidianos com a população, as trabalhadoras estão fisicamente expostas à doença e precisam enfrentar seus medos, ansiedades e preocupações para garantir o cuidado e o acesso a direitos à população mais vulnerável. De fato, como mostra Roberto Pires em pesquisa recente do IPEA, a pandemia cria uma exacerbação das fragilidades já vivenciadas pelas trabalhadoras da rede de assistência.
Respostas governamentais tímidas, lentas e pouco coordenadas estão presentes de forma marcante na história da assistência social. Infelizmente, isso não é diferente neste momento de pandemia. Com uma rede estruturada majoritariamente por OSCs, a cidade de São Paulo é um caso didático. Até agora, as medidas apresentadas pela Prefeitura se restringem (i) à distribuição irrisória de cestas básicas, por meio do programa municipal Cidade Solidária, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e não pela Secretaria de Assistência, que só agora começa a efetivar a entrega de alimentos a algumas comunidades mais pobres, mas sem integrar o programa à rede de Proteção Social já existente na cidade; e (ii) à oferta de vagas emergenciais de acolhimento pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), esforço que garante cumprimento de metas quantitativas para a Prefeitura, mas que não viabilizam uma resposta adequada às necessidades das OSC´s parceiras e, principalmente, das profissionais da ponta.
Tampouco temos visto cuidados adicionais em alinhar informações e novos procedimentos de trabalho para os tempos de pandemia. Segundo o gabinete de SMADS, ainda está sendo elaborada a nota técnica conjunta com a Secretaria de Saúde com orientações relativas ao acolhimento durante o isolamento social ainda. Durante o primeiro mês da quarentena, grande parte das medidas emergenciais que poderiam ter sido adotadas em serviços da rede, como a compra de cestas básicas, não foi viabilizada por falta de autorização jurídica da Secretaria no remanejamento interno de gastos nos convênios com as OSC’s. Além da falta de diretrizes para o funcionamento da rede, as trabalhadoras da ponta tiveram que se informar por conta própria sobre como se proteger durante a crise e como superar as dificuldades de implementação da política em condições tão adversas.
Ainda mais grave é o cenário relativo a equipamentos de proteção individual (EPI’s) necessários para a proteção destas trabalhadoras. Segundo relato de profissionais da rede, os EPI´s só foram disponibilizados mais de um mês depois do início da quarentena, após a resolução de um conflito entre as OSC´s e a Prefeitura sobre quem teria a responsabilidade de oferecer esses insumos. Embora agora alguns EPI´s comecem a chegar, parte dos trabalhadores dos serviços segue totalmente desprotegida. São terceirizados responsáveis pela vigilância predial, limpeza e realização do Cadastro Único que continuam invisibilizados e expostos.
Como consequência, relatos de mortes e afastamentos de trabalhadores da rede socioassistencial por conta do COVID-19 começam a aparecer, como denunciado pelo Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep). Segundo a própria SMADS, são cerca de 350 trabalhadores da rede direta afastados, preventivamente ou por suspeita de contaminação. Até este momento, a Secretaria só tem acompanhado a rede direta, o que faz com que ainda não exista esse mesmo mapeamento em relação às trabalhadoras da rede conveniada.
Este cenário preocupante se confirma em pesquisa que vem sendo realizada pelo Núcleo de Estudos da Burocracia da Fundação Getulio Vargas (NEB/FGV-EAESP), com profissionais da área da assistência social de várias cidades do país para analisar os impactos da Covid-19 na atuação dos trabalhadores da ponta. Resultados preliminares, de 407 respondentes, apontam que 44% deles não receberam orientação da chefia sobre como atuar em momentos de crise; e 58% não sentem suporte dos superiores para enfrentar a pandemia. Além disso, 63% dos participantes não receberam os equipamentos necessários para se proteger do vírus, e 86% não tiveram treinamento para lidar com a COVID-19. Quase a metade desses profissionais (45%) conhece companheiros de trabalho que foram contaminados ou apresentam sintomas. A mesma pesquisa também indica a escala do medo e da falta de apoio, com 91% dos respondentes (370) afirmando terem medo do Coronavírus.
Para fazer frente a estes imensos desafios na implementação dos serviços socioassistenciais em tempos de pandemia, é preciso reduzir a distância entre os responsáveis pelas decisões políticas e os trabalhadores que estão na linha de frente. Além de defenderem a contenção da disseminação do vírus entre a população como um todo, esses profissionais indicam que a crise só poderá ser superada com (i) a criação e o fortalecimento de canais de comunicação da rede socioassistencial com o público beneficiário; (ii) a imediata disponibilização de EPI´s e de diretrizes claras de atuação para todos os trabalhadores da rede, inclusive os terceirizados; (iii) o controle das condições de saúde dos trabalhadores das redes direta e conveniada, com a realização de testes da COVID-19 nesses profissionais, quando disponíveis; e (iv) a maior integração intersetorial, como forma de responder de maneira articulada à complexidade da atuação na pandemia.
Em suma, ainda que a política de assistência social brasileira tenha avançado nos últimos 15 anos, sua implementação permanece marcada por inúmeros problemas – que se agravam com a chegada de uma pandemia, cujos impactos incidem de maneiras muito distintas na população brasileira em razão das desigualdades sociais históricas. Nesse cenário, a rede de assistência social faz parte de um conjunto essencial de ações de enfrentamento à COVID-19, mas faltam o suporte institucional e os recursos necessários à realização deste trabalho de forma adequada. Isso expõe não apenas estas profissionais da ponta, como, acima de tudo, os cidadãos e cidadãs em situação de vulnerabilidade que dependem tanto do trabalho destas profissionais para terem condições mínimas de sobrevivência. Em tempos de pandemia, quem cuidará dos cuidadores?

Este artigo foi produzido a partir dos debates realizados pelo Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB-FGV) sob coordenação da professora Gabriela Lotta.

CadUnico orientações Portaria 369

PORTARIA Nº 369, DE 29 DE ABRIL DE 2020


Dispõe acerca do atendimento do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - Cadastro Único, disposto pelo Decreto nº 6.135, de 26 de junho de 2007, no Distrito Federal e nos municípios que estejam em estado de calamidade pública ou em situação de emergência reconhecidos pelos governos estadual, municipal, do Distrito Federal ou Federal, inclusive a Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional declarada pela Organização Mundial da Saúde, em 30 de janeiro de 2020, em decorrência da Infecção Humana pelo novo coronavírus (COVID-19).

"Art. 1º Dispor sobre o repasse financeiro emergencial de recursos federais para a execução de ações socioassistenciais e estruturação da rede do Sistema Único de Assistência Social - SUAS, no âmbito dos estados, Distrito Federal e municípios devido à situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional - ESPIN, em decorrência de infecção humana pelo novo coronavírus, Covid-19.
Parágrafo único. A Secretaria Nacional de Assistência Social - SNAS publicará em seu sítio eletrônico na internet listagem constando os entes elegíveis ao repasse financeiro emergencial de recursos federais, constando as metas físicas e financeiras."

Documento completo disponível em:
 http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-369-de-29-de-abril-de-2020-254678622

PLENÁRIA DAS/OS TRABALHADORAS/ES TERCEIRIZADAS/OS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS EM SÃO PAULO



terça-feira, 28 de abril de 2020

CORONAVÍRUS: CRP/SP orienta trabalhadores e psicólogos

Nesta última sexta-feira, o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo compartilhou em sua página do Instagram medidas de precaução contra o coronavírus.

Segundo a postagem, o CRP recomenda:

– Lavar as mãos frequentemente com água e sabão; usar antisséptico de mãos à base de álcool gel 70%, principalmente após tossir ou espirrar, depois de cuidar de pessoas, após ir ao banheiro e antes e depois de comer.
– Ao tossir e espirrar, cubra a boca e o nariz com a parte interna do cotovelo. Evite usar as mãos. E, se usar, lembre-se de higienizá-las.
– Se usar um lenço, jogue-o fora imediatamente e lave as mãos.
– Quem apresentar os sintomas deve procurar qualquer serviço de saúde. Para casos graves, a rede estadual de saúde preparou hospitais de referência na capital, interior e litoral.
– No momento, não há recomendação para uso de máscaras para a população em geral. Orienta-se manter os ambientes ventilados, com janelas abertas.
– Recomenda-se distância de 1 a 2 metros para atendimentos com o público. No momento não há orientação das autoridades para suspensão dessas atividades.

Aos psicólogos e às psicólogas, recomenda-se:

– Realizar atendimentos mantendo distância de 1 a 2 metros.
– Caso a pessoa que está sendo atendida relate sintomas, indique a remarcação do atendimento e que a mesma possa procurar uma unidade de saúde.
– De acordo com a Resolução 11/2018, que regulamenta a prestação de serviços psicológicos realizados por meios de tecnologia da informação e da comunicação, no parágrafo 2º, artigo 3º, a prestação de tais serviços está condicionada à realização de um cadastro prévio junto ao Conselho Regional de Psicologia de cada região do país.


O Conselho Regional de Psicologia complementa, caso seja avaliada a necessidade de atendimento realizado por meio de tecnologia neste período de contenção da transmissão do vírus, como forma de garantir a continuidade e prestação de serviços de qualidade e em condições apropriadas, os serviços sejam prestados em caráter de emergência, e que a inscrição no E-Psi seja realizada de forma breve.

Noticias do Senado quanto aos Fundos de Assistência Social

Saldo de fundos de assistência social durante pandemia

por Equipe SUAS (2019)
O Senado deve votar em breve um projeto de lei que autoriza a transferência de saldos dos fundos de assistência social dos estados, do Distrito Federal e dos municípios para fortalecer o apoio à população de baixa renda durante o estado de calamidade pública decorrente da proliferação do novo coronavírus.
O PL 1.389/2020 foi aprovado nessa quinta-feira pelo Plenário da Câmara dos Deputados e chegará ao Senado nos próximos dias.
A idéia da autora, deputada Flávia Arruda (PL-DF), é assegurar que o Sistema Único de Assistência Social (Suas) possa realocar os recursos que ficaram no caixa de exercícios anteriores, com o intuito de atender as famílias mais vulneráveis.
Segundo o Ministério da Cidadania, em dezembro os saldos do Suas somavam R$ 1,5 bilhão — dinheiro vindo por repasses do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS).
No ano passado, o orçamento do FNAS superou R$ 61 bilhões, dos quais R$ 59 bilhões foram executados, conforme a Controladoria-Geral da União. A maior parte do dinheiro foi transferida para os fundos estaduais e municipais de assistência social, para aplicação em programas como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Flávia Arruda afirmou que espera que estados, DF e municípios aliviem as consequências da covid-19 para a população de baixa renda. Ela ressaltou que não haverá custo adicional para a União.
No Distrito Federal, por exemplo, o saldo em dezembro era de quase R$ 26 milhões. Segundo a deputada, o dinheiro poderá ser usado, por exemplo, para a distribuição de cestas básicas.
— O momento que a gente vive é de muita dor, muito sofrimento, e quem mais sofre é a população carente — disse.

Substitutivo

O texto foi aprovado na forma de um substitutivo apresentado pela relatora, deputada Shéridan (PSDB-RR). O substitutivo autoriza os entes federados a remanejar os recursos entre os blocos de financiamento do Suas, que envolvem, além da gestão do sistema, ações de média e alta complexidade.
O substitutivo também suspende por 120 dias, a contar de 1º de março, a obrigatoriedade do cumprimento das metas pactuadas no Suas pela União com os entes federados. Fica assegurada a integralidade dos repasses federais. De outro lado, o texto determina que quaisquer mudanças nos recursos serão objeto de prestação de contas.
Durante a sessão do Plenário, Shéridan avaliou que os gestores locais “sabem identificar as ações que necessitam de reforço financeiro para a proteção social dos grupos vulneráveis”.
— Hoje, além do medo da contaminação, há o medo da fome. Não estamos aqui na discussão sobre se existe máscara ou álcool em gel. Estamos falando daqueles que não têm água tratada em casa, nem sequer um pedaço de pão.

População de rua

O texto destaca atenção especial à população em situação de rua. Restaurantes populares devem atendê-la, contanto que se façam as adequações necessárias para evitar aglomerações e contaminação por agentes infecciosos. O texto também prevê o uso dos recursos para ampliar os espaços de acolhimento temporário (abrigos) com as adaptações necessárias.
Em todas as praças e ruas onde há moradores de rua, deverá ser oferecida água potável e acesso aos banheiros públicos já existentes, sem prejuízo da implantação de outros sanitários para uso público.
Com informações da Agência Câmara e da Rádio Câmara
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Debate Virtual População de rua, água e Covid19


A professora Aldaiza Sposati deve falar dos desafios da política de assistência social, das dificuldades de implementação da politica no atendimento à população  vulnerável em geral e à população em situação de rua em particular. Isso numa conjuntura da Covid-19 e um governo que promove o desmonte das políticas públicas. Já o Darci deve falar das dificuldades que os moradores em situação de rua enfrentam com relação ao acesso a água, de equipamentos e produtos para higiene. Enfim, a ideia é ouvir quem está na ponta, vivendo o problema, sejam os profissionais seja os usuários dos serviços._

INFORMATIVO para ser divulgado por todos/as.

nformativo popular: Direito à água em tempos de pandemia da COVID-19

O informativo popular Direito à água em tempos de pandemia da Covid-19 traz orientações e recomendações sobre o que pode ser feito para a população ter acesso à água tratada nesse momento emergencial, ao explicar o que é a doença da COVID-19 (novo Coronavírus) e como evitá-la.
No momento em que a doença COVID-19 atinge o mundo todo, a falta d’água é uma questão de vida ou morte. Lavar sempre e bem as mãos, ter mais cuidados com a limpeza das moradias, além de evitar o contato com outras pessoas, são as principais medidas para evitar a doença. No entanto, nas favelas, comunidades, ocupações, palafitas, “baixadas”, “grotões”, vilas, mocambos e “quebradas”, os moradores vivem um problema sério no dia a dia: a falta de saneamento e de água nas suas casas.
Em linguagem simples e direta, o informativo explica as principais dúvidas e aponta medidas que podem ser tomadas para garantir acesso à água de forma regular, em quantidade suficiente e com boa qualidade.
informativo foi organizado pelo ONDAS e escrito por técnicos da área de saneamento, pesquisadores, professores e lideranças de movimentos populares.

Nosso posicionamento ao CONSEAS SP


Ao CONSEAS

REF: NOTA DO FETSUAS SP


Em defesa da Continuidade do Controle Social em tempos de Pandemia e Pandemônios

O Fórum Estadual de Trabalhadores do SUAS do Estado de São Paulo (FET SUAS SP) desde a sua fundação tem como suas principais atividades a discussão e subsídio a respeito da pauta dos trabalhadores do SUAS nos conselhos de Assistência Social em seus diversos entes.

Neste sentido, viemos a público manifestar nossa denuncia às ações da Mesa Diretora do Conselho Estadual de Assistência Social (CONSEAS-SP) que desde a paralisação de suas atividades presenciais, em decorrência da COVID-19, não realizou nenhum chamamento de reunião à distância do seu colegiado, tendo realizando somente votação por WhatsApp, em detrimento das diversas demandas a serem deliberadas por este. 

Ao contrário do informado no comunicado 11/2020, o CONSEAS-SP não está realizando atividades on line, tampouco foi, até o momento da elaboração desta nota, sequer marcada reunião a distância do colegiado. As únicas manifestações da Mesa Diretora junto aos demais conselheiros foram a solicitação da alteração de um artigo da deliberação 029/19, e a aprovação de suplementação de verba para a linha orçamentaria do “Programa Família Paulista” para uso na ação “Alimento Solidário” que não faz parte do projeto original do nunca implantado programa, causa estranheza também o fato de que a referida votação foi realizada no dia 16/04/2020 e o anuncio da Ação “Alimento Solidário” ter sido realizado pelo Governo Paulista no dia 07/04/2020.

Ambas solicitações foram feitas via grupo de WhatsApp onde foi solicitado apenas que seus conselheiros manifestassem aprovação (sim ou não) às pautas colocadas. Vale ressaltar que houve manifestações e dúvidas sobre a realização de uma plenária on-line e à proposição de pautas pertinentes ao conselho, as quais não foram consideradas. Após questionamento sobre a pertinência do processo de votação adotado pelo Presidente do Conseas-SP, este se limitou a dizer que o processo de votação tem a anuência do Ministério Público (tal anuência não foi repassada aos demais conselheiros).

Ainda sobre o Comunicado 11/2020, este foi produzido exclusivamente pela Mesa Diretora do Conseas, não tendo seu texto sequer apreciado pelo pleno do Conselho. Tal ação não tem sustentação na Lei Nº 9.177/95 (lei de criação do Conseas), tampouco na Deliberação 30/19 (Regimento interno) no que se refere as atribuições desta.

A indisponibilidade financeira ou tecnológica não é justifica para a não realização de reuniões a distância, uma vez que há a disponibilidade de aplicativos gratuitos para reuniões remotas, tal lógica  ignora que inúmeros colegiados têm se utilizado dessas tecnologias e vai de encontro ao próprio entendimento dos governos federal e estadual que partem (erroneamente) do pressuposto em seus programas de auxilio emergenciais que todos os beneficiários dispõem de smartphones e acesso fácil à internet.


O que se observa neste momento é que as atividades do Conseas-SP estão reduzidas a apenas referendar sem qualquer discussão as ações da Gestão Estadual de Assistência Social, relegando sua função enquanto instancia de controle social ao não agir de forma ativa se omitindo das diversas ações que lhe compete, como por exemplo:

Agir ativamente no acompanhamento das liberações extraordinária dos recursos liberados em decorrência da COVID 19;

Incidir para garantir a assessoria técnica a entidades sociais e gestões municipais, a qual fora interrompida abruptamente devido a decisão unilateral da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (SEDS-SP) de colocar a maior parte do seu corpo técnico em férias compulsórias, vedando a possibilidade do teletrabalho;

Acompanhar o repasse dos recursos do Auxílio Emergencial e intervenção junto a gestão federal quanto as inconsistências e dúvidas com relação ao recebimento deste benefício que vem gerando aglomeração de pessoas nos CRAS e nas agências da Receita Federal;

Propor a ampliação do rol de municípios com perfil para receber o cofinanciamento dos benefícios eventuais e repasses emergenciais de verbas e insumos a 100% dos municípios paulistas.

Responder as demandas vindas dos Conselhos Municipais de Assistencial Social, fóruns e movimentos de defesa do SUAS;

Realizar a devida orientação e controle social a conselhos municipais de assistência social para que cumpram com seu papel de controle social e fiscalização dos serviços com inscrição municipal;

Estabelecer meios para denúncia para casos de omissão e violação de direitos socioassistenciais.

Diante do exposto apresentamos nosso repudio a Mesa Diretoria do CONSEAS-SP que vem agindo de forma autocrática e omissa no exercício do controle social do governo paulista e na recepção das demandas dando as costas para os trabalhadores do SUAS mais precarizados do que nunca que, chamados a combater os efeitos sociais da pandemia, ainda vivenciam em diversas localidades a precarização de suas condições de trabalho, risco de contaminação e morte.

#SUASresiste
#EmDireitosdaClasseTrabalhadoraNãoSeMexe


Fórum Estadual de Trabalhadoras e Trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social do Estado de São Paulo – FETSUAS-SP



Excelente artigo para discussão de prevenção ao Covid19

São Paulo- uma cidade desgovernada

 Em plena pandemia da COVID-19, uma tragédia marca a principal cidade do País - a ausência de governo. O executivo municipal se mostra incapaz de formular, coordenar e executar ações necessárias para o controle da transmissão do vírus - orientar a população, exercer o papel de solidariedade organizada e universal aos seus habitantes e atender os doentes na sua extensa rede de saúde.

 Uma tragédia, infelizmente. O prefeito, moço educado, bem falante, na direção geral correta sobre o combate ao vírus, seu secretário de saúde idem. Mas, assim como o conjunto do seu governo, não age. Amarrados pela burocracia, pelo centralismo fiscal do associado do Posto Ipiranga, responsável por administrar as finanças municipais, não conseguem se mover. O assunto é tratado, na prática, como coisa da saúde, com uma secretaria esvaziada e com reduzida capacidade de operação, e não como de responsabilidade do conjunto do governo e com a urgência demandada.

 Numa demonstração de um padrão de miopia política, o que aparece do governo municipal são, em plena crise, calçadas em locais de grandes visibilidades sendo refeitas, bem como a repaginação do Vale do Anhangabaú, ambas as atividades não essenciais, cujos trabalhadores nelas envolvidos deveriam ser deslocados para ajudar o combate à pandemia; por exemplo: reformando áreas de hospitais públicos precárias, adaptando escolas, melhorando estruturas das Unidades de Saúde para dar melhores condições aos trabalhadores da saúde e melhor atender pacientes.

 Na batalha para superarmos a situação atual e futura no campo da saúde, o esforço para leitos de UTI vem sendo realizados, ainda que possa ser complementado pela integração dos leitos dos hospitais privados, em caso de necessidade. Mas a atenção primária realizada pelo PSF, pelas UBS, o atendimento de urgências pelas UPA e PS têm papel decisivo, não apenas para o diagnóstico precoce para encaminhar aos níveis de tratamento adequados, como para orientar isolamentos e quarentenas. Bem como para o monitoramento da população após o termino das medidas de distanciamento social. Novas restrições podem ser necessárias e precocemente identificadas, menos danos a pessoas e á sociedade. 

O que fazer?

AJUDAR O POVO DA CIDADE

 1. Convocar cada subprefeito; responsáveis locais das subprefeituras das áreas da educação, assistência social, do esporte, da cultura; representantes dos partidos; representantes de movimentos de saúde, de moradia; de sindicatos de trabalhadores; de igrejas; das diversas atividades empresariais, para instituir em cada uma das 32 subprefeituras comitês de ação contra a crise do provocada pelo SARS-CoV-2, com a formação de subcomitês em cada um dos 96 distritos da cidade.

 2. Comitês formados pelos querem lutar contra a expansão da doença, salvar vidas e ajudar o povo a viver com abrigo, comida e mínimo conforto físico e mental para superar o duro período. Pessoas e entidades que se aliem às políticas recomendadas de restrições à circulação na rua e ao trabalho, que devem ser restritas às atividades essenciais (saúde, locomoção, alimentos, energia, limpeza pública, comunicações. Segurança, bombeiros, indústrias de insumos para a saúde e a vida).

 3. Organizar a integração das áreas de educação, assistência social, habitação, cultura e esporte junto à saúde, cada um no seu papel, mas todos formando um batalhão que atende, conversa, que ouça os reclamos e necessidades da população e os transmite para os Comitês formados no espaço das subprefeituras irem em busca de rápidas soluções.

 4. Comitês que confiram se os desempregados e os que precisam estão recebendo repasses prometidos pelo Governo Federal e, se necessário, pressionar os governos do Estado e da cidade para complementá-los.

 5. Comitês que transformem os CEUS e outras unidades físicas do poder público ou buscadas entre as de privados, em áreas para isolamento ou quarentena para pessoas cujas casas não têm condições adequadas.

 6. Comitês que se virem nos trinta para organizar a produção na região de insumos para a saúde, como mascaras, aventais, sapatos; que busque fora o que não têm no local; que olhe para o suprimento de alimentos, para garantir que não falte água, gás e energia elétrica exercendo marcação cerrada nas prestadoras desses serviços.

 7. Comitês que organizem as informações centralizadas da região e as transmitam à população diariamente, pelas rádios comunitárias e as mais diversas mídias.

 8. Comitês que exijam os dados, de suas áreas de abrangência, do programa TELE-SUS que o Ministério da Saúde informa coletar da população em todo país. Essas informações poderão ajuda-los na ação de tratamento e prevenção.

 Um movimento São Paulo tem jeito – recuperar a ação pública em época de crise 19/04/2020-UPS
Publicado no viamundo em 19/04/2020 Prof. Dr. Ubiratan de Paula Souza

NOTA de Solidariedade aos Trabalhadores/as de São Paulo

A metropóle e o Covid-19 - São Paulo em tempos de Caos nos serviços públicos

São Paulo, símbolo de riqueza e poder hoje é vítima do descuido e da desproteção, perpetrada por seus governantes, para com as políticas públicas e para com os trabalhadores/as dessas políticas, sendo em tempos de Covid-19 as mais afetadas a Saúde e a Assistência Social.

Nunca efetivamente priorizados pelas gestões, eis que os pilares da seguridade social estremecem enquanto seus/suas trabalhadores/as seguem firmes na luta contra o vírus pandêmico que invadiu o mundo: A Saúde na frente de combate aos sintomas físicos e a Assistência Social na frente de defesa aos desde sempre vulneráveis e ao novos flagelados da economia.

Esse batalhão de soldados da saúde, Assistência, Serviço Funerário, entre outros serviços essenciais também estão juntos na tragédia de enterrar seus companheiros que perderam suas vidas enquanto lutavam contra o inimigo invisível, o Coronavírus.

São Paulo sofre pela lição de casa que lhe faltou fazer!

Faltou investimento em saúde pública de qualidade e acessível, faltou implantar efetivamente o Sistema Único de Assistência Social (as deliberações das sucessivas Conferências - produto de árduo trabalho democrático foram engavetadas); as garantias de dignidade e subsistência (Constitucionalmente Consagradas) não foram asseguradas a uma parcela significativa da população empobrecida e marginalizada, legitimamente merecedora dos Direitos Fundamentais... Reiteradamente ignorada.

Em tempos de Pandemia Covid-19 falta também aos profissionais da Saúde e da Rede Socioassistencial insumos básicos em quantidade e qualidade necessária para a garantia da segurança dos trabalhadores/as, tais como: luvas, máscaras, álcool em gel, e acreditem! até profissionais para realizar o trabalho de higienização de alguns equipamentos públicos. Além disso faltou capacitação,  em tempo hábil, aos trabalhadores/as que foram surpreendidos com a necessidade do uso contínuo de equipamentos de proteção individual (EPI'S).

E não é tudo! 

Falta informação qualificada aos profissionais da rede socioassistencial e usuários além da sistematização dos processos de trabalho e teletrabalho nesses tempos temerosos de Covid-19, que geram uma diversidade de práticas desencontradas e certo amadorismo, incompatíveis com as políticas públicas.

Enquanto circulam desinformação e informação numa rede complexa e confusa  os profissionais da rede socioassistencial são expostos de forma negligente e desumana, executando suas tarefas com medo, muitas vezes sem EPI, apesar da insistente e sistemática cobrança, ora diretamente aos gestores, ora via Sindicato, ora via mídia.

Não há limite para o descompromisso de SMADS-SP, pois nem mesmo quando acionada pelo Ministério Público, para prestar informações sobre as ações de enfrentamento a Pandemia no Município de São Paulo, essa gestão compareceu.

O Fórum Estadual de Trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social de São Paulo - Fetsuas-SP se solidariza com os/as trabalhadores/as da Capital neste contexto catastrófico de Pandemia e lamenta profundamente a morte de trabalhadores em virtude do Coronavírus, potencializada pelo descaso da gestão do município.

Vídeos importantes: as “lives” sobre o SUAS e a Pandemia

Vídeos importantes: as “lives” sobre o SUAS e a Pandemia

por Equipe SUAS (2019)
Durante este período de enfrentamento ao Covid-19 e estado de pandemia, muitas reuniões virtuais ao vivo, e em tempo real, as chamadas 'lives', vem sendo apresentadas como forma de capacitação a gestores, trabalhadores e entidades e como forma de organização e defesa de direitos, entre eles o direito à Assistência Social. O MaisSUAS conjugou alguns links para favorecer o acesso:

A PROTEÇÃO E DESPROTEÇÃO SOCIAL BRASILEIRA -

 PROFA. ALDAIZA SPOSATI

Fonte: Canal YoUTube Federação Catarinense dos Municípios - FECAM

DEBATE: O coronavírus e a atuação da Psicologia no Sistema Único de Assistência Social (SUAS)

Fonte: Canal Youtube CRPSPvideos

COVID-19: ASSISTÊNCIA SOCIAL E PNAE - Dr. Pierre Vanderline

Fonte: Canal YoUTube Federação Catarinense dos Municípios - FECAM

RODA DE CONVERSA: ILPIS em tempos de pandemia

Fonte: Canal YoUTube Federação Catarinense dos Municípios - FECAM

Diálogo Digital - Coronavírus e a atuação da Psicologia nas políticas de Assistência Social e Saúde

POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL EM TEMPOS DE PANDEMIA

Fonte: Canal YouTube Fala, Diversidade

DEBATE SOBRE BENEFÍCIOS EVENTUAIS E PLANO DE CONTIGÊNCIA

Fonte: Canal YoUTube Federação Catarinense dos Municípios - FECAM

DEBATE ANÁLISE DE CONJUNTURA E LANÇAMENTO DO COMITÊ SUAS/SC-COVID19 - Santa Catarina

Fonte: Canal YoUTube Federação Catarinense dos Municípios - FECAM

O risco de não ter como enfrentar os riscos: populações vulneráveis frente ao Novo Coronavírus 

Fonte: Associação Nacional de Ensino e Pesquisa do Campo de Públicas (ANEPCP)

Rumos do país: quais saídas? Impeachment ou afastamento X ampliação do Autoritarismo

Fonte: Canal Youtube Plataforma de Reforma Política