A metropóle e o Covid-19 - São Paulo em tempos de Caos nos serviços públicos
São Paulo, símbolo de riqueza e poder hoje é vítima do descuido e da desproteção, perpetrada por seus governantes, para com as políticas públicas e para com os trabalhadores/as dessas políticas, sendo em tempos de Covid-19 as mais afetadas a Saúde e a Assistência Social.
Nunca efetivamente priorizados pelas gestões, eis que os pilares da seguridade social estremecem enquanto seus/suas trabalhadores/as seguem firmes na luta contra o vírus pandêmico que invadiu o mundo: A Saúde na frente de combate aos sintomas físicos e a Assistência Social na frente de defesa aos desde sempre vulneráveis e ao novos flagelados da economia.
Esse batalhão de soldados da saúde, Assistência, Serviço Funerário, entre outros serviços essenciais também estão juntos na tragédia de enterrar seus companheiros que perderam suas vidas enquanto lutavam contra o inimigo invisível, o Coronavírus.
São Paulo sofre pela lição de casa que lhe faltou fazer!
Faltou investimento em saúde pública de qualidade e acessível, faltou implantar efetivamente o Sistema Único de Assistência Social (as deliberações das sucessivas Conferências - produto de árduo trabalho democrático foram engavetadas); as garantias de dignidade e subsistência (Constitucionalmente Consagradas) não foram asseguradas a uma parcela significativa da população empobrecida e marginalizada, legitimamente merecedora dos Direitos Fundamentais... Reiteradamente ignorada.
Em tempos de Pandemia Covid-19 falta também aos profissionais da Saúde e da Rede Socioassistencial insumos básicos em quantidade e qualidade necessária para a garantia da segurança dos trabalhadores/as, tais como: luvas, máscaras, álcool em gel, e acreditem! até profissionais para realizar o trabalho de higienização de alguns equipamentos públicos. Além disso faltou capacitação, em tempo hábil, aos trabalhadores/as que foram surpreendidos com a necessidade do uso contínuo de equipamentos de proteção individual (EPI'S).
E não é tudo!
Falta informação qualificada aos profissionais da rede socioassistencial e usuários além da sistematização dos processos de trabalho e teletrabalho nesses tempos temerosos de Covid-19, que geram uma diversidade de práticas desencontradas e certo amadorismo, incompatíveis com as políticas públicas.
Enquanto circulam desinformação e informação numa rede complexa e confusa os profissionais da rede socioassistencial são expostos de forma negligente e desumana, executando suas tarefas com medo, muitas vezes sem EPI, apesar da insistente e sistemática cobrança, ora diretamente aos gestores, ora via Sindicato, ora via mídia.
Não há limite para o descompromisso de SMADS-SP, pois nem mesmo quando acionada pelo Ministério Público, para prestar informações sobre as ações de enfrentamento a Pandemia no Município de São Paulo, essa gestão compareceu.
O Fórum Estadual de Trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social de São Paulo - Fetsuas-SP se solidariza com os/as trabalhadores/as da Capital neste contexto catastrófico de Pandemia e lamenta profundamente a morte de trabalhadores em virtude do Coronavírus, potencializada pelo descaso da gestão do município.
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