A experiência vem mostrando que programas de transferência de renda, se integrados a políticas de fomento à economia solidária, a agriculturas urbanas e periurbanas, a educação e a manifestações culturais diversas, pode significar a aproximação entre trabalho produtivo e trabalho reprodutivo, ensejando mudanças significativas na estrutura familiar e nos papéis convencionais de gênero na estrutura produtiva tradicional.
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Dessa forma, programas que consideram a Renda Básica Universal sob uma perspectiva estritamente econômica na forma de um seguro de renda, ou imposto de renda negativo, limitam o alcance que esse tipo de iniciativa é capaz de ter. De um ponto de vista ainda mais liberal, se atrelada à diminuição e privatização dos serviços públicos, a RBU tende a consolidar a reprodução em bases mercadológicas, sendo implementado na lógica do voucher para acesso aos serviços básicos[xv]. Por fim, ao ser entendido como substituição do trabalho produtivo diante dos processos de automação, por exemplo, o instrumento acaba por admitir o próprio corpo como mercadoria, e restringe a dignidade humana a uma relação de consumo."
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