sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Material de jornal

 O que faz a assistência social

A política de assistência social envolve ações do poder público e da sociedade civil que buscam amparar pessoas sem acesso pleno à cidadania ou que tiveram seus direitos violados, garantindo a elas renda, acolhimento e proteção contra eventuais riscos, entre outros.


Toda pessoa pode acessar a assistência social, embora alguns programas do governo sejam voltados a certos segmentos. Entre os principais usuários da política estão pessoas em situação de vulnerabilidade (quanto à renda, ao emprego, à moradia) e grupos específicos (idosos, mulheres, crianças e adolescentes) que tiveram seus direitos negligenciados.


Uma das políticas mais conhecidas da assistência no país é o Bolsa Família, programa de transferência de renda destinado a famílias pobres ou extremamente pobres que tem como objetivo garantir condições mínimas de vida a essas pessoas. Outra política conhecida é o BPC (Benefício de Prestação Continuada), voltado a idosos e pessoas com deficiência também na pobreza.


Entre os equipamentos da assistência, ou seja, os lugares onde as pessoas podem buscar esses serviços, estão o Cras (Centro de Referência de Assistência Social), o Creas (Centro de Referência Especializada de Assistência Social), centros de acolhimento para quem está em situação de rua, casas-lares para idosos, entre outros.


Quem busca os serviços de assistência pode encontrar atendimento ali ou ser encaminhado para outros órgãos públicos, como de saúde, educação e segurança (nos casos em que a pessoa é vítima de violência, por exemplo). É comum que os equipamentos da assistência trabalhem ao lado de diferentes setores de políticas públicas.


Todos esses serviços são organizados dentro do Suas (Sistema Único de Assistência Social), um equivalente do SUS voltado à assistência. O Suas é coordenado pelo atual Ministério da Cidadania, embora as políticas de assistência sejam também conduzidas por estados e municípios. A Loas (Lei Orgânica de Assistência Social) define as regras do setor.


Quem são os participantes do estudo

A pesquisa da FGV foi realizada a partir de um questionário online que coletou respostas de 1.091 profissionais de assistência social de todas as regiões do Brasil entre os dias 15 de junho e 1º de julho de 2020.


O perfil dos participantes indica que a pesquisa contempla as impressões de cinco grupos de profissões da área da assistência. A maioria dos entrevistados é de assistentes sociais (49,6%), mas há também psicólogos, orientadores e educadores sociais, gestores dos equipamentos de assistência e outros profissionais.


MAIS ASSISTENTES


Mais de 85% dos entrevistados são mulheres, enquanto 12% são homens e uma minoria não declarou o gênero. A pesquisa mostra que, combinando os dados de gênero com os de raça/cor, a maior parte das pessoas que responderam ao questionário é mulher e branca (39,5%), seguida de mulheres pardas (31%) e mulheres pretas (12,5%).


Um dos aspectos que o estudo da FGV aponta é que, havendo grande quantidade de mulheres no setor, quem está no comando das políticas de assistência deve se atentar para as desigualdades às quais elas estão sujeitas e que se acentuam na pandemia. Mais que aumento da carga de trabalho, para elas cresce também o trabalho doméstico.


Oitenta e dois por cento dos participantes disseram que trabalham em serviços de assistência geridos pelo poder público, enquanto 17% estão em organizações da sociedade civil. Entre eles, 71% trabalham na área há menos de 10 anos, mas 70,5% dizem ter vínculos com as regiões onde atuam.


Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/08/13/Como-a-pandemia-afeta-o-trabalho-da-assist%C3%AAncia-social?fbclid=IwAR0y1ci5sbXvlyvG0z_amtjq6cqogl_dAO31jNdPZR5bqBNU9lEsFTp9mJ4

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